O Pe. Rodrigo Molina disse: “Maria é a guia para Deus. Ter uma Mãe Imaculada é um tesouro nunca suficientemente louvado. Coloca-te sob a direção de Maria: o caminho que Ela te mostra é um caminho reto e seguro para o encontro com Deus”.
Breve história
A imagem de Maria, na sua advocação de Nossa Senhora do Encontro com Deus, tomou um rosto visível quando, em abril de 1994, um casal espanhol de Villanueva de los Infantes, D. Loreto Rodríguez (q.e.p.d.) e D.ª Paquita Sánchez Remiro, ofereceu ao Padre Molina um pequeno memorial da Virgem Maria com o Menino nos braços, que o pároco da sua aldeia, D. Luis Gallego, tinha entronizado na sua paróquia, porque pensava na Virgem Maria como mediadora eficaz nesse último momento da vida e queria incutir isso nos seus paroquianos. No entanto, ainda não tinha escolhido um nome para esta imagem. Deliberando com este piedoso casal, D. Loreto propôs o nome Encontro: Nossa Senhora do Encontro.
D. Loreto e D.ª Paquita oferecem ao P. Molina a nova imagem. A coincidência do nome e da ideia de mediação fez com que o P. Molina, como quem encontra a Senhora e Dona do seu coração, se prostrasse aos seus pés e aceitasse esta generosa oferta.
Imediatamente um artista captura o retrato a óleo, a partir do azulejo primitivo, de acordo com as indicações sugeridas pelo próprio Pe. Molina.
A “Nossa Senhora do Encontro”, o padre Molina acrescenta “com Deus”. E a noção de uma intercessão circunscrita no momento da morte é enriquecida pela compreensão consoladora de uma mediação materna e universal de todas as graças. A mediação é, na verdade, a primeira função de Maria como Mãe.
O Pe. Rodrigo Molina deixou Nossa Senhora do Encontro com Deus como Mãe e Padroeira de todas as suas obras e empreendimentos apostólicos e é padroeira do Reinado de Maria. A sua festa se junta à de Nossa Senhora do Rosário, a 7 de outubro.
A Consagração à Virgem Maria
Consagrar-se a Santa Maria é uma ratificação voluntária das promessas batismais, um ato de confiança e uma disposição para reparar o pecado. Não é a simples recitação de uma fórmula, nem sentir grande consolo em dizê-la.
Vários santos, impelidos pelo Espírito Santo, consagraram-se à Virgem Maria com várias fórmulas ou modalidades, mas, em última análise, com o desejo de pertencer à Virgem Maria. Santo Ildefonso de Toledo que se autoproclamou “escravo da Serva do Senhor”, São João Eudes, São Teófane Vénard (a quem Santa Teresinha professava intensa devoção), São Maximiliano Maria Kolbe, São João Paulo II, Santa Teresa de Calcutá.
São Luís Maria Grignion de Monfort é o porta-estandarte supremo desta consagração à Virgem Maria. Mais exatamente: “perfeita consagração a Jesus por Maria” (VD 119. 120). É uma ratificação voluntária dos votos batismais, um ato de confiança e uma disposição para reparar o pecado. Ele afirmou: A devoção mais perfeita é aquela que nos une mais intimamente a Jesus: “Uma vez que toda a nossa perfeição consiste em sermos conformados, unidos e consagrados a Jesus Cristo, a mais perfeita das devoções é, sem dúvida, aquela que nos conforma, une e consagra tão perfeitamente quanto possível a Jesus Cristo. Ora, como Maria, de todas as criaturas, é a mais conformada a Jesus Cristo, segue-se que, de todas as devoções, a que mais consagra e conforma uma alma a Jesus Cristo é a devoção a Maria, sua Mãe Santíssima, e que quanto mais uma alma for consagrada à Santíssima Virgem, mais será consagrada a Jesus Cristo (VD 120).”
O Pe. Molina ensinou: “Por meio da consagração, eu me torno obra, posse e propriedade de Santa Maria, da mesma forma que um filho é obra, posse e propriedade de sua mãe. Ao emitir minha CONSAGRAÇÃO MARIANA, removo todos os obstáculos que impedem que Ela possa realizar em mim toda a capacidade, dada a Ela por Deus, de me gerar como Ela gerou minha cabeça: Cristo, e para que eu me torne automaticamente Sua posse, Sua propriedade tão plenamente quanto um filho é a posse, plena propriedade de sua mãe, para que Ela possa trabalhar em mim de acordo com Sua Vontade, em minha alma e em meu corpo; em minha vida e em minha morte, em minha eternidade”.
Fórmula de Consagração a Nossa Senhora do Encontro com Deus
Ó Bendita Mãe de Deus e minha terna Mãe!
A Vós me dirijo, Virgem do Coração Imaculado, Nossa Senhora, que nos leva ao Encontro com Deus. Sois, ao mesmo tempo, a Poderosa Senhora e a Mãe dos pequeninos, dos esquecidos, e dos miseráveis. Confesso-vos, Medianeira maternal de todas as graças, Corredentora na dor de compaixão, Mãe compassiva dos vossos filhos desvalidos. A Vós, Deus quis confiar toda a economia da Misericórdia, onde Vós entrais, obtendes graça da conversão e da santificação.
Animado com esta confiança em tão Bondosa Mãe, reconhecendo-me pecador, cheio de miséria e necessitado da graça e misericórdia que Vós possuís; prostro-me aos vossos pés, renovo e ratifico hoje nas vossas mãos as promessas de meu Batismo; renuncio para sempre a satanás, às suas pompas e às suas obras malignas e consagro-me
livremente a Vós, Nossa Senhora do Encontro com Deus, consagro-me ao vosso Imaculado Coração, para serdes a minha amantíssima Mãe: vida, doçura e esperança, coração de meu coração. Sim, Mãe, fazei de mim o vosso filho ao vosso gosto, configurai-me segundo o vosso Imaculado Coração. Proclamo-vos minha Dona, minha Rainha e Senhora, minha Mestra e Conselheira. Sereis de modo irrevogável a que me leve ao feliz Encontro com o Deus da minha vida.
Mãe, fazei-me perseverar neste santo amor que hoje me tendes inspirado. Preciso perder-me e abandonar-me confiante em Vós, sem condições e de modo irrevogável. E que tudo o que faça em Vós, Maria; convosco, desde Vós, por Vós e para eterno louvor da Santíssima Trindade. Deus Uno e Trino a Quem adoro e amo, creio no seu Amor e espero em sua Misericórdia cantar convosco, ó Maria! — Para sempre —, o louvor da Sua Glória. Amém.